26.12.04: e pof, o Papai Noel caiu do telhado.
Algum filósofo supostamente sábio disse que a mesma água do rio não passa duas vezes sobre o mesmo lugar e pronto, ditado feito sobre como as coisas nunca são estáticas. Eu diria que nem tudo é tão mutável assim, veja os clichês natalinos - ceia, Papai Noel, amigo secreto e por aí vai -, por exemplo. Particularmente, tenho uma certa apatia pela tradicional ceia de natal, aquela em que comparecem todos os seus parentes e adjacentes, incluindo os distantes e uns que você desconhecia até então. Peru engordado artificialmente, Coca-colas de três litros (e provavelmente vai ter um que exige Coca light sobre o pretexto de que está na dieta - certamente, numa tentativa de entrar na roupa do reveillón -, embora vá repetir a sobremesa mais tarde) e no fim, sua tia, prima ou seja lá quem for, destila um interrogatório que na quase totalidade das vezes, é qualificado dentro do gênero desconfortável. Experiência própria: na ceia de 2003 foi sobre a minha reprovação no vestibular da faculdade pública e esse ano, houve uma discussão aberta sobre o porquê de eu não ter um namorado.
E só Jesus - justamente quem a gente comemora tanto o nascimento, mas não é ele quem ganha os presentes - sabe o motivo de eu ainda gostar tanto do natal, afinal de contas.
››› ouvindo: Do They Know It's Christmas - Band Aid 20